Por definição,
entendemos que cidadãos são indivíduos em pleno gozo se seus direitos civis e
políticos. Marginais são indivíduos que vivem à margem das normas. Réus são
pessoas contra as quais foi proposta alguma ação. Criminosos são indivíduos que
cometeram algum tipo de crime e condenados são indivíduos que foram julgados
criminosos.
O Ministro Joaquim
Barbosa transformou cidadãos em marginais, marginais em réus, e estes em
criminosos? No nosso entendimento, não.
Por mais surreal que
isto possa parecer e mesmo que alguns tentem negar ou até mesmo se neguem a
aceitar, marginais travestidos de cidadãos transitavam livremente nos
corredores de Palácios e Casas Legislativas da nossa ainda jovem República:
parlamentares, diretores de estatais, banqueiros, pastores, empresários etc. Alguns
foram alçados a condição de Ministros de Estado e privaram com reis e Chefes de
Estado.
Recentemente o Ministro
Joaquim Barbosa anunciou precocemente sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal
e ficamos sabendo que será sucedido pelo Ministro Ricardo Lewandowski que
atualmente é o Vice-Presidente daquela corte.
Nesta terça-feira vimos
o Presidente do STF anunciar que deixará a relatoria das execuções penais do
mensalão por considerar que os advogados dos condenados passaram a “atuar
politicamente” e “até mesmo partindo para insultos pessoais”.
Também vimos a OAB do
Distrito Federal promover Sessão Pública de Desagravo onde o agravante foi o
Ministro Joaquim Barbosa e naquele ato a leitura da nota foi feita pelo
advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da Justiça entre
2003 e 2007, durante o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Grandes nomes
presidiram o STF e o Estado da Paraíba teve a honra de ver dois de seus filhos,
ambos oriundos da cidade de Monteiro, presidirem a mais alta corte do País:
Djacy Falcão (1975 a 1977) e Rafael Mayer (1987 a 1989).
Nunca escondemos
nossa opinião sobre o Ministro Joaquim Barbosa e o consideramos um cidadão que
sempre soube honrar o nosso povo e dignificar o cargo para o qual foi investido
e por isto reafirmamos mais uma vez:
Ou acreditamos na
justiça ou desistimos de vez de ser uma nação civilizada.
ADELMO
DE MEDEIROS