segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A POLUIÇÃO AMBIENTAL EM OURO PRETO

A POLUIÇÃO AMBIENTAL EM OURO PRETO É UM ASSUNTO SOBRE O QUAL MUITOS PREFEREM NÃO FALAR PELOS MAIS VARIADOS MOTIVOS: COMODISMO, FALTA DE RESPONSABILIDADE, MEDO, NÃO POSSO AFIRMAR COM CERTEZA.

AGORA, TÃO CERTO QUANTO O NASCER E O PÔR DO SOL É A NUVEM DE FUMAÇA QUE SE ABATE SORRATEIRAMENTE TODOS OS DIAS NO INÍCIO DA NOITE SOBRE O CAMPUS DA UFOP, PASSANDO PELA BAUXITA, VILA APARECIDA E CENTRO HISTÓRICO DA CIDADE E QUE MUITOS ACHAM QUE É UM "NEVOEIRO".

SUGIRO QUE APROVEITEMOS ESTE ESPAÇO PARA FALARMOS COM MAIS FREQUÊNCIA SOBRE ESTE ASSUNTO QUE ATINGE A TODOS SEM DISTINÇÃO.

SOBRE O TEMA, REPRODUZO ABAIXO A DECLARAÇÃO CORAJOSA DO ARCEBISPO METROPOLITANO DE MARIANA, DOM GERALDO LYRIO ROCHA:


Declaração da Arquidiocese de Mariana diante dos impactos da atividade mineradora e industrial

O crescimento da atividade mineradora e industrial em grande parte da região compreendida pela Arquidiocese de Mariana, com suas múltiplas consequências, motiva a presente declaração, por ocasião da celebração do Jubileu do Senhor Bom Jesus, na cidade de Congonhas. Como Pastor desta porção do rebanho de Cristo, dirijo-me às autoridades, aos empresários e a todos os cidadãos comprometidos com o bem comum, reafirmando, à luz dos princípios éticos e cristãos, a posição da Igreja em defesa da vida, em favor da preservação do meio ambiente e da conservação do nosso patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso.

Mesmo reconhecendo o progresso, impulsionado em grande parte pelo avanço científico e tecnológico, que gera emprego, renda e recursos econômicos e financeiros, não podemos desconhecer o risco dos impactos causados à qualidade de vida de nosso povo, ao meio ambiente e à preservação de seu precioso patrimônio. Tais impactos são, muitas vezes, ignorados em nome do desenvolvimento econômico. Em sua encíclica Populorum Progressio, dizia o Papa Paulo VI: “o desenvolvimento não se reduz a um simples crescimento econômico e, para ser autêntico, deve ser integral, isto é, deve promover o ser humano todo e todos os seres humanos” (cf. PP 14).

O progresso, portanto, deve ser regulado não apenas pelas leis da economia e do mercado, mas também por princípios éticos e morais que permitam um desenvolvimento sustentável, com responsabilidade social. Toda atividade mineradora e industrial deve ter como parâmetro o bem estar da pessoa humana, buscando a superação dos impactos negativos sobre a vida em todas as suas formas e a preservação do planeta, com respeito ao meio ambiente, à biodiversidade e ao uso responsável das riquezas naturais. É preciso empregar todos os esforços para manter viva a natureza, preservar os mananciais e as nascentes, garantir o habitat dos seres vivos e defender as espécies ameaçadas de extinção. Com sabedoria ensina-nos o Papa João Paulo II: “A programação do desenvolvimento econômico deve considerar atentamente a necessidade de respeitar a integridade e os ritmos da natureza, já que os recursos naturais são limitados e alguns não são renováveis” (cf. SRS, n. 26). Além da defesa do meio ambiente, é de fundamental importância que se garanta o respeito à vida humana em todas as suas dimensões e em todas as suas fases, desde a concepção até o seu término natural, e se promova a “ecologia humana”, conforme a expressão do Papa João Paulo II.

Diante dos grandes investimentos econômicos que transformam várias cidades desta Arquidiocese, os cidadãos, por meio de mecanismos de controle social, como os conselhos municipais, têm direito a reivindicar melhorias sociais e ambientais, a cobrar medidas eficazes que atendam às prioridades defendidas pela comunidade, a exigir que os impostos sejam devidamente aplicados em sua finalidade e a lutar por medidas que garantam o respeito à dignidade de todos, com especial atenção aos trabalhadores e suas famílias. Preocupa-nos, de modo particular, a situação das famílias forçadas a deixarem suas casas e suas terras (às vezes sem receberem indenização justa) ou atraídas pela ilusão do dinheiro da desapropriação. Para defender a vida, medidas urgentes precisam também ser tomadas em relação às condições das rodovias e à segurança no trânsito, especialmente nessa região.

A Igreja Católica é depositária e guardiã de enorme parte do patrimônio histórico e artístico do Brasil, cuja preservação é responsabilidade de todos. Na cidade de Congonhas, a Arquidiocese de Mariana é proprietária de importantes obras reconhecidas pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade, entre as quais se incluem as capelas dos passos, as estátuas dos profetas, o Santuário do Senhor Bom Jesus com seu entorno e a Praça dos Romeiros. A Igreja tem consciência da importância histórica, artística e cultural desse acervo, e reafirma que se trata, antes de tudo, de autêntico patrimônio religioso, expressão de fé daqueles que edificaram esse lugar sagrado, espaço privilegiado de manifestações da devoção e piedade de nosso povo e dos numerosos romeiros vindos de tantas partes de Minas Gerais, de outros Estados e do exterior. A utilização desse espaço não é incompatível com a atividade turística, desde que sejam respeitadas suas finalidades originais e sua destinação religiosa. A Arquidiocese de Mariana, atenta ao desenvolvimento dessa região, reafirma que a atividade industrial e a exploração mineradora devem respeitar esses bens culturais e contribuir para sua conveniente preservação.

Por intercessão de Nossa Senhora da Piedade, Padroeira de Minas Gerais, imploramos ao Senhor Bom Jesus que derrame suas bênçãos sobre todos nós e nos ajude a promover a vida, a preservar o meio ambiente, a proteger o patrimônio histórico, artístico, cultural e religioso de Congonhas e demais municípios desta bela e rica região de nosso Estado, dom de Deus e obra da criação humana.

Congonhas, 14 de setembro de 2012
Jubileu do Senhor Bom Jesus


 
+Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo Metropolitano

Fonte: Arquidiocese de Mariana

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

IPHAN LANÇA NOVAS PUBLICAÇÕES EM SÃO PAULO


O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em São Paulo (IPHAN-SP) promove o lançamento de novas publicações sobre o patrimônio cultural brasileiro. Na próxima quinta-feira, 16 de agosto, a partir das 18h, o público poderá conhecer os livros na sede do IPHAN-SP, que fica na Avenida Angélica, 626, Santa Cecília – São Paulo – SP.

As publicações integram o Projeto Editorial do Programa Monumenta / IPHAN, que desde 2006 já editou 66 títulos. São 11 linhas editoriais relacionadas às atividades de registro e valorização do patrimônio material e imaterial, bem como a projetos de restauração e recuperação de centros históricos e de geração de emprego e renda, principais objetivos do Programa Monumenta. Os livros estão à disposição no IPHAN-SP ou pelo e-mail publicacoes@iphan.gov.br.

Os novos livros

Passando a integrar a Coleção Grandes Obras e Intervenções, será lançado o livro A Matriz de Santo Antônio em Tiradentes, de Olinto Rodrigues dos Santos Filho, retratando a beleza arquitetônica e a excelência da talha no estilo barroco D. João V da Matriz de Santo Antônio, na cidade de Tiradentes em Minas Gerais. Na mesma coleção, o IPHAN lança Os Passos de Congonhas e suas Restaurações, de Myriam Ribeiro de Oliveira, que registra a restauração, pelo Programa Monumenta, do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, de Congonhas - MG.

A Coleção Roteiros do Patrimônio, conta com quatro novas publicações. Varandas de São Luís – gradis e azulejos, de Olavo Pereira da Silva, indica roteiros de visita e faz o registro das peculiaridades da arquitetura colonial que caracteriza a capital maranhense. Já em Igrejas e Conventos da Bahia, Maria Helena Flexor apresenta, em três volumes, os mais importantes conjuntos de igrejas e conventos baianos. A publicação Barroco e Rococó nas Igrejas de São João del-Rei e Tiradentes, de Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Olinto Rodrigues dos Santos Filho, traz em dois volumes o importante acervo do barroco e do rococó das igrejas de São João del-Rei e de Tiradentes, em Minas Gerais. Já em Barroco e Rococó nas Igrejas de Ouro Preto e Mariana, Myriam Andrade Ribeiro de Oliveira e Adalgisa Arantes Campos detalham os aspectos mais importantes de monumentos religiosos, as características das obras dos grandes artistas do barroco e rococó e as celebrações ainda realizadas segundo práticas católicas tradicionais.

Integrando a Coleção Registro, o IPHAN apresenta a obra Arqueologia no Pelourinho, organizada por Rosana Najjar, para relatar o trabalho de pesquisa arqueológica na área da sétima etapa do Projeto de Recuperação do Centro Histórico de Salvador. Enquanto o Monumenta restaurava 76 imóveis, o IPHAN realizava a pesquisa arqueológica em 11 quarteirões daquele bairro do centro histórico.

Intervenções Urbanas na Recuperação de Centros Históricos, de Nabil Bonduki, faz parte da Coleção Arquitetura e retrata as questões, os desafios, os limites, as possíveis soluções para a gestão do território das cidades brasileiras, oferecendo um balanço das ações do Programa Monumenta. Na mesma coleção, o IPHAN lança Fazendas do Sul de Minas Gerais, de Cícero Ferraz, que contempla um estudo das tipologias de sedes de fazendas da região, com um inventário ilustrado, com plantas em escala, fotos e descrição de mais de setenta fazendas divididas por microrregiões.

Na série Cadernos de Memórias, serão lançados três volumes referentes ao projeto Mestres Artífices em Pernambuco, Minas Gerais e Santa Catarina. A série busca o resgate, o inventário e a permanência de saberes, práticas e técnicas construtivas tradicionais. Os volumes dedicados aos mestres artífices identificam esses profissionais em diversas regiões do país e registram os conhecimentos que utilizam no desempenho de seu ofício.

A Coleção Anais recebe três novas publicações. Os sambas brasileiros: diversidade, apropriação e salvaguarda tem Márcia Sant’Anna como organizadora. Nesta publicação o IPHAN oferece o conteúdo das palestras do seminário do I Encontro da Casa de Samba de Santo Amaro da Purificação - BA, que marcou a reabertura do Solar do Subaé, depois de completamente recuperado pelo Programa Monumenta / IPHAN. O evento reuniu pesquisadores e artistas de renome nacional para tratar das origens, das características, das diferenças e semelhanças do samba nas diversas regiões do país. I Fórum Nacional do Patrimônio Cultural, em três volumes, registra as palestras, discussões e resultados do evento de abrangência nacional realizado pelo IPHAN em parceria com a Associação Brasileira de Cidades Históricas (ABCH), na cidade de Ouro Preto, em 2009. O Fórum teve por objetivo a construção da Política Nacional de Patrimônio Cultural (PNPC), por meio da avaliação das ações em andamento e da discussão com os diferentes agentes envolvidos no sentido de definir desafios, diretrizes e estratégias de atuação. A terceira nova publicação, Patrimônio Cultural e Desenvolvimento Sustentável é um pequeno livro que consigna alguns dos mais importantes documentos que resultaram do Encontro de Especialistas em Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável, que aconteceu em Ouro Preto - MG, entre os dias 05 e 08 de fevereiro de 2012.

Outras publicações do IPHAN também estarão na noite de autógrados. Política de Preservação do Patrimônio Cultural no Brasil, de Paula Porta, avalia em detalhes as ações desenvolvidas no campo da preservação do patrimônio cultural brasileiro na primeira década do século XXI. O Patrimônio Cultural da Imigração em Santa Catarina apresenta um dos mosaicos culturais mais diversos e singulares do Brasil, com o registro das paisagens, hábitos, saberes e fazeres resultantes das numerosas levas de imigrantes portugueses, alemães, italianos, poloneses, ucranianos, entre outros, que, desde o século XVII, povoaram Santa Catarina. Imigração Japonesa no Vale do Ribeira, produzido pelo arquiteto Rogério Bessa, traz a público um inventário temático a respeito das técnicas construtivas utilizadas pelos imigrantes japoneses que ocuparam o Vale do Ribeira em São Paulo. E Patrimônio Naval Brasileiro representa um esforço de síntese das pesquisas realizadas pelo arquiteto Dalmo Vieira Filho entre 1990 e 2009, e oferece um panorama do rico e diversificado patrimônio naval brasileiro.

Serviço:

Noite de autógrafos
Data: 16 de agosto de 2012, às 18h
Local: Sede do IPHAN / SP
Avenida Angélica 626, Santa Cecília – São Paulo – SP.

Mais informações para a imprensa:

Assessoria de Comunicação IPHAN
Adélia Soares – adelia.soares@iphan.gov.br
(61) 2024-5476 / 2024-5477


Fonte: Ascom - IPHAN / SP

quarta-feira, 6 de junho de 2012

SENADOR PEDRO SIMON APELA A CPI DO CACHOEIRA PARA CONVOVAR LUIZ PAGOT, EX DENIT


Na abertura da CPI do Cachoeira, hoje, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) apelou pela convocação do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot. Afastado por denúncias de irregularidades junto com outros quatro funcionários (na sequência, também foi demitido o ministro dos Transportes Alfredo Nascimento), Pagot declarou que deseja ser ouvido na CPI.
 
Ele (Pagot) insiste em falar na CPI sobre a atuação das empreiteiras, incluindo a Delta, e suas relações com governos e partidos, afirmou Simon. O senador também destacou a negativa da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber em suspender a quebra de sigilos fiscais e bancários da Delta.

terça-feira, 29 de maio de 2012

O ASSÉDIO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

NUNCA A MÁXIMA SE MOSTROU TÃO APLICÁVEL: "A JUSTIÇA TARDA, MAS NÃO FALHA". O BRASIL AGUARDA O JULGAMENTO DO MENSALÃO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OU ACREDITAMOS NA JUSTIÇA OU DESISTIMOS DE VEZ DE SER UMA NAÇÃO CIVILIZADA.